Ele participou da reconstituição do crime em Santos na manhã desta quinta-feira. / Igor de Paiva / Diário do Litoral
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O sargento da PM que assassinou a esposa em uma clínica dermatólogica em Santos foi recebido sob protestos de populares durante a reconstituição do crime na manhã desta quinta-feira (22).
Dezenas de populares acompanharam a chegada dele em frente à clínica sob gritos de "assassino", "lixo", "covarde", "vagabundo", "pilantra" e outros termos de baixo calão. Outro grupo se posicionou em locais próximos à clínica para observar.
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O sargento entrou no local do crime escoltado pela Polícia Militar e com o rosto coberto por uma camisa branca. Ao todo, duas viaturas da Polícia Científica, quatro da PM e uma da Polícia Civil estiveram no local e a Companhia de Engenharia de Tráfego isolou a área.
Além dos protestos dos populares, ele também foi recebido sob xingamentos de mulheres que acompanharam a reconstituição segurando cartazes com palavras de ordem e pedidos como “Parem de nos matar”.
O objetivo da reconstituição é analisar e esclarecer alguns detalhes da investigação. A polícia busca entender a dinâmica do crime, apurar os fatos e a conduta dos policiais que estiveram no local antes da ação e que, de acordo com relatos, não tomaram nenhuma atitude. Segundo a investigação, a omissão é tratada como peça-chave na apuração dos fatos.
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Segundo o boletim de ocorrência, a vítima se dirigiu até a clínica com a filha de dez anos e informou estar sob ameaça do marido e que ele estava armado.
Logo após, ela se trancou com a criança em um consultório enquanto alguns funcionários solicitavam o apoio da Polícia Militar.
Dois policiais chegaram até o local e fizeram a abordagem do sargento ao lado de fora, mas não encontraram nenhuma arma.
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Na sequência, o sargento foi até a sala onde a vítima estava abrigada com a filha, a esfaqueou 51 vezes e disparou mais de dez tiros contra a esposa. A filha também foi baleada.
Os disparos foram ouvidos pelos policiais. Eles retornaram ao local e prenderam o sargento em flagrante. Mesmo assim, a dupla é alvo de inquérito policial por omissão.