Nacional

Lotes de remédios falsificados são apreendidos pela Anvisa; veja quais

A medida reforça os riscos que produtos clandestinos representam para pacientes e para o sistema de controle de qualidade farmacêutica

Ana Clara Durazzo

Publicado em 06/06/2025 às 10:39

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe por E-mail

A falsificação de medicamentos tem se tornado um problema crescente, impulsionado pela alta demanda por fármacos / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Continua depois da publicidade

A venda de medicamentos falsificados voltou a preocupar autoridades de saúde no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão de dois lotes irregulares: o M088499 do Rybelsus e o 681522 do Ofev.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A medida, publicada no Diário Oficial da União, reforça os riscos que produtos clandestinos representam para pacientes e para o sistema de controle de qualidade farmacêutica.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Anvisa proíbe a venda de três marcas de 'pó para preparo de bebida sabor café'

• Suplementos comuns e muito usados no Brasil são proibidos pela Anvisa

• Anvisa volta a interditar famosa pasta de dente; entenda motivo

As fabricantes, Novo Nordisk (Rybelsus) e Boehringer Ingelheim (Ofev), informaram que não reconhecem os lotes como legítimos. Com isso, ambos foram classificados como falsificados.

A falsificação de medicamentos tem se tornado um problema crescente, impulsionado pela alta demanda por fármacos como os voltados ao tratamento de diabetes e emagrecimento, dois segmentos particularmente visados por quadrilhas.

Continua depois da publicidade

Medicamentos envolvidos

Rybelsus (Novo Nordisk)

Comprimido oral para tratamento do diabetes tipo 2. Quando não controlada, a doença pode levar a complicações como insuficiência renal, doenças cardiovasculares e amputações.

Ofev (Boehringer Ingelheim)

Indicado para tratar fibrose pulmonar idiopática e doenças pulmonares intersticiais associadas à esclerose sistêmica (esclerodermia).

Por serem medicamentos de uso contínuo e alta complexidade, a falsificação representa um risco ainda maior, exigindo atenção redobrada de pacientes, profissionais e autoridades.

Continua depois da publicidade

Riscos graves à saúde

O uso de medicamentos sem procedência confiável compromete a eficácia do tratamento e pode provocar intoxicações severas. 

Além disso, há risco real de composição tóxica, já que a fórmula dos medicamentos falsificados é desconhecida. Substâncias inadequadas, metais pesados ou doses incorretas podem desencadear reações adversas graves.

Contaminações e infecções

A falta de controle sanitário em produtos clandestinos eleva as chances de contaminação por bactérias, fungos ou toxinas. Esse risco é especialmente preocupante no caso de medicamentos injetáveis, como o Ozempic e similares, frequentemente falsificados.

Continua depois da publicidade

Além das infecções, há também o agravante da resistência bacteriana, principalmente em medicamentos como antibióticos. Doses inferiores ao necessário podem falhar no combate a microrganismos, permitindo que bactérias resistentes se desenvolvam.

Como identificar

A Anvisa orienta que consumidores e profissionais de saúde fiquem atentos aos sinais de falsificação. Em caso de suspeita, o uso deve ser imediatamente suspenso e o caso reportado às autoridades.

Dicas para evitar medicamentos falsificados:

Compre apenas em farmácias autorizadas e estabelecimentos regularizados.

Continua depois da publicidade

Exija a embalagem original, lacrada e com informações legíveis.

Peça sempre a nota fiscal, essencial para rastrear o produto.

Desconfie de preços muito abaixo do mercado e evite compras em redes sociais ou marketplaces não regulamentados.

Continua depois da publicidade

Suspeitas podem ser denunciadas pelos canais oficiais da Anvisa: o Notivisa (para profissionais de saúde) e o FalaBR (aberto ao público em geral).

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software