As autoridades revelaram que 2.282 pessoas já foram multadas por se conectarem a serviços ilegais / Drazen Zigic
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A pirataria digital é um problema crescente em vários países, inclusive no Brasil. No entanto, algumas nações já estão avançando com medidas rigorosas para combater essa prática.
Um exemplo é a Itália, que está implementando ações duras contra os usuários de IPTV pirata, serviços que oferecem o não autorizado a canais de TV, filmes e eventos esportivos.
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As autoridades italianas iniciaram uma ofensiva que promete impactar milhares de pessoas e servir de alerta global.
A Gardia di Finanza, força especial ligada ao Ministério da Economia e Finanças da Itália, anunciou recentemente a primeira leva de penalizações a usuários de IPTV pirata.
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As autoridades revelaram que 2.282 pessoas já foram multadas por se conectarem a serviços ilegais.
Os valores iniciais das multas são de 154 euros, o equivalente a cerca de R$ 985,92, mas podem escalar até 5 mil euros (mais de R$ 32 mil) em casos de reincidência.
Essa operação faz parte da implementação da nova lei italiana anti-pirataria, apelidada de “Escudo Antipirataria”.
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O sistema foi criado para bloquear o o a transmissões ilegais e dar mais poder aos detentores dos direitos de conteúdo, especialmente no que diz respeito à popular Série A, a principal liga de futebol do país.
Agora, as operadoras de internet são obrigadas a bloquear imediatamente os os piratas quando solicitadas pelos detentores dos direitos.
A lei, proposta pelo senador italiano Claudio Lotito, que também é dono de um dos maiores clubes de futebol do país, gerou bastante controvérsia. Muitos a consideram uma medida severa e até invasiva, mas para os defensores, trata-se de uma resposta necessária à perda bilionária causada pela pirataria.
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O sistema de combate foi batizado de Piracy Shield, e foi desenvolvido pela própria Série A antes de ser entregue à AGCOM, o órgão regulador das telecomunicações italianas.
O Piracy Shield está em funcionamento há mais de um ano, mas só agora começa a apresentar resultados concretos em termos de penalizações.
Um dos maiores desafios até o momento tem sido a identificação dos usuários que consomem conteúdo ilegal, já que muitos usam VPNs ou serviços que dificultam o rastreamento. Com o avanço tecnológico das ferramentas de monitoramento, as autoridades italianas começaram a vencer essa barreira.
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As autoridades alertam que a operação ainda está em fase inicial e que muitas outras pessoas devem ser identificadas e multadas nos próximos meses.
As multas têm como objetivo não apenas punir, mas também educar a população sobre os riscos e consequências do uso de serviços ilegais. Além da sanção financeira, os usuários ainda podem ter seus dados registrados em processos judiciais, agravando ainda mais a situação.
Diante desse cenário, o caso da Itália serve como um sinal de alerta para outros países, inclusive o Brasil, onde o consumo de IPTV pirata é alto.
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A tendência é que medidas semelhantes comecem a ser adotadas em outros lugares, com penalizações severas para inibir o uso e comercialização desses serviços ilegais.