Procurada pelo DL, a entidade foi sucinta ao afirmar que o caso segue sob investigação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos / Igor de Paiva/DL
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Na manhã desta quinta-feira (22), as autoridades policiais realizaram a reconstituição do caso de feminicídio ocorrido em Santos.
No local, o Sargento da PM que matou esposa a facadas é recebido sob protestos e xingamentos.
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Em entrevista ao Diário do Litoral, Dida Dias, coodenadora do coletivo feminista “Maria Vai com as Outras”, explicou que recebeu a notícia em meio à luta por igualdade.
“Recebemos como mais um caso que, se a gente não se mobilizar e não apoiar as mulheres, elas continuarão sendo assassinadas”, afirmou.
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Outro ponto destacado por ela é que, em sua visão, os agentes envolvidos no caso foram coniventes com o crime.
“Neste caso, houve o apoio da Polícia Militar. Eu não sei se essa reconstituição vai expor isso, mas, pelas informações que temos, eles foram coniventes. É uma violência institucionalizada”, finalizou.
Ariany Froszowucz, também do coletivo, levou um cartaz pedindo “Justiça para a Amanda”, vítima do crime brutal ocorrido no dia 07 de maio.
"Ele é covarde por ter assassinado não só uma mulher, mas várias mulheres. Estamos aqui prestando solidariedade e queremos ele preso, na cadeia", afirmou Ariane.
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Procurada pelo DL, a entidade foi sucinta ao afirmar que o caso segue sob investigação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos.
Além disso, confirmou que testemunhas já foram ouvidas, incluindo os policiais militares que estavam no local.
Os laudos e demais elementos probatórios estão sendo reunidos e serão anexados ao inquérito. Paralelamente à investigação da Polícia Civil, a Polícia Militar apura a conduta dos agentes por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM).
A vítima se dirigiu até a clínica com a filha de dez anos e informou estar sob ameaça do marido e que ele estava armado.
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Logo depois, ela se trancou com a criança em um consultório enquanto alguns funcionários solicitavam o apoio da Polícia Militar.
Dois policiais chegaram até o local e fizeram a abordagem do sargento ao lado de fora, sem encontrar nenhuma arma.
O sargento foi até a sala onde a vítima estava abrigada com a filha e a esfaqueou por 51 vezes. Depois, ele disparou mais de dez tiros contra a esposa e a filha também foi baleada.
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O policiais ouviram os disparos e retornaram ao local, prendendo o sargento em flagrante. Mesmo assim, a dupla é alvo de inquérito policial por omissão.